A evolução mais significativa no tratamento das rugas faciais na última década foi o aparecimento de tratamentos sem cirurgia para a suavização das rugas e para a restauração do volume facial.

No início utilizava- se para o preenchimento facial parafina e silicone, porém apresentando resultados desastrosos em razão do aparecimento de granulomas. No entanto, atualmente substâncias mais seguras têm sido utilizadas, como o ácido hialurônico.

Ácido Hialurônico: É uma substância naturalmente encontrada na pele, cordão umbilical, liquido articular, cartilagem hialina e tecido conjuntivo. É considerada uma substância ideal para este procedimento, já que é biodegradável e não imunogênico. A capacidade de o ácido hialurônico agir relaciona-se ao seu baixo potencial de reações alérgicas e suas propriedades viscoelásticas e higroscópica. Ou seja, o ácido hialurônico deforma-se para melhor se adaptar à pele e tem a capacidade de atrair e reter água, ampliando seu poder de preenchedor.

Como é feito o preenchimento facial

No início, o ácido hialurônico era obtido a partir da crista de galos. Porém, esse ácido hialurônico proveniente das aves apresentava resíduos de proteínas, o que causava reações alérgicas. Atualmente, o ácido hialurônico é produzido a partir da fermentação da bactéria Streptococcus equi, fato que reduziu drasticamente o número de reações alérgicas.

Hidroxiapatita de cálcio: É um produto injetável com características ideais para o preenchimento, já que possui boa longevidade. Não é antigênico, irritante ou tóxico. Suas propriedades são biocompatíveis. O produto consiste em osso sintético com microesferas de 25 a 45 nm de diâmetro combinada num gel transportador: carboximetilcelulose.

Ácido L Polyláctico: Aprovado em 2004 para a correção da lipoatrofia facial em pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV) e, em 2009, para reposição de volume estético para fins cosméticos, o ácido poli-L láctico é um estimulador do colagéno. Ácido poli-L-láctico é um polímero sintético semelhante ao material de sutura absorvível. Ele é reconstituído com água estéril para criar um hidrogel com amethylcellulose. Ácido poli-L-láctico estimula o a formação de colágeno, causando uma reação de corpo estranho e acompanhado por fibrose dérmica.

Várias sessões de tratamento são necessárias para a restauração de volume facial ideal. Os pacientes devem ser avisados de que os resultados são graduais. O ácido poli-L-láctico é biodegradável e não oferece correção permanente. A longevidade do produto varia, exigindo um complemento periódico.

A escolha do material para o preenchimento facial deve ser em conjunto com o medico e deve-se basear na experiência do profissional e no desejo do paciente.